biográficaCapítulo do livro resumido
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Fé e Saúde: Como tudo se relaciona

A Fé. É muito importante que você conheça e reconheça esta energia do bem, porque ela é sua e não depende da idade, nem da alimentação, nem do descanso.

Eu tive um grande amigo que era o vivo exemplo disso: Uma vez quando ele tinha 84 anos fui junto com ele e outros amigos numa peregrinação à Bósnia – eu era bem jovem e energético naquela altura – mas esse meu amigo, o Frei Augusto de Matos, tinha o dobro, o triplo da minha energia!

Por exemplo, houve um dia que ele veio bater a minha porta as 4.30 da manhã!

– “Sr. Paulino, a nossa senhora espera por nós no topo do monte, vamos lá, não a façamos esperar!”

O meu amigo tripede fez o caminho todo a minha frente, com a sua bengala ultrapassava todos os obstáculos como se nada fosse! Fomos os primeiros a chegar ao topo da montanha das aparições, e quando estávamos lá eu perguntei-lhe:

– “Como é possível?”

Ele respondeu-me:

– “Vivendo em Deus! E quando venho aqui, longe dos desafios do dia a dia, das línguas afiadas lá de casa, eu sinto-me mais perto de Deus…experimenta fazer o teu encontro”.

Desafiava-me ele e ele foi mesmo uma influência importante na minha vida. Aquela viagem foi um marco muito importante na minha vida, foi ali que vi a minha paixão pela vida espiritual a se tornar numa fé.

Mas não pensem que foi só o aroma das rosas… que até a mais bela das rosinhas tem espinhos.

Depositphotos 224954092 Stock Photo Medieval Friar Praying With Wooden

Naqueles dias de peregrinação exagerei nas caminhadas e escaladas, e acabei por arrebentar os músculos de um joelho. Fiquei a coxear e nem conseguia enfiar as calças (andava dia e noite de calções).

Num dos últimos dias o Padre Milheiro desafiou-me a trabalhar “aquela vitalidade” que tanto eu como o Frei Augusto falávamos tanto. Ele tinha outra “visão” desta energia e o meu Frei insistiu que eu ouvisse e tentasse seguir as orientações do Padre Milheiro.

Um amigo, veio ter comigo e incitou-me a aceitar o desafio do Padre Milheiro. Então eu fui a coxear ter com o Padre Milheiro, sentamos-nos dentro de um pequeno tanque de água lá no Santuário de Nossa Senhora Rosa Mística (Itália), e ele pegou nas minhas mãos e começou a orar por mim e pela cura do meu joelho. Depois levou as nossas mãos ao joelho magoado, senti como agulhas, mas não era dor, era algo que muitas vezes passei a sentir nas minhas consultas.

Era aquela energia a fazer uma CURA, e em poucos minutos ele pediu para me levantar: a dor passara totalmente e o joelho desinchara totalmente, a inflamação tinha desaparecido.

A cura tinha acontecido, eu sentia uma leveza e uma paz que nunca irei esquecer.

O Frei Augusto sorriu, era um sorriso de orgulho e amor. E disse:

– “Vês essa energia? Ela existe desde sempre em ti, ela é ilimitada, ela é o sim para a vida, ela é para mim a presença de Deus, e ela nunca vai acabar, só precisas manter essa fé, essa abertura na tua mente e no teu coração”.

A resumir, esta energia não se perde com a idade, porque o Frei Augusto com 90 anos ainda atendia 12 pacientes por dia, 5 dias por semana, e era capaz de verdadeiras curas milagrosas.

Este frade franciscano era conhecido por ter dado filhos a muitas famílias que a ciência lhes tinha garantido que era praticamente impossível gerarem vida.
Este frade com aquela energia, com aquela força de oração e com aquele amor fez tantos desses que ele guardava uma caixa de sapatos cheia de fotografias das crianças improváveis.

A magia por de trás?
Mente aberta, coração aberto!